quarta-feira, 18 de março de 2009

PORTUÁRIOS COBRAM DA FCA, INVESTIMENTOS, PARA GARANTIR AUMENTO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NO PORTO DE ANGRA

Numa reunião que contou com a participação de Sindicatos, FCA (Ferrovia Centro Antlântica), Gerdau, que enviou Alexandre Faul (que também e membro do CAP - Conselho de Autoridade Portuária) e ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o tema principal foi a baixa operação do Porto de Angra, que apenas opera utilizando 10% da capacidade da ferrovia.
De acordo com Gérson Fagundes, o Del, presidente do Sindicato dos Arrumadores, (à esquerda na foto ao lado Lúcio Azevedo), hoje a movimentação de produtos no porto é muito maior por rodovia, face a falta de condições e o preço cobrado pela tonelagem por parte da FCA. - Antes daquele trágico acidente em 2002, quando mais de 20 km de linha férrea foram destruídos, eram utilizadas três máquinas puxando de 15 a 25 vagões. Hoje, a FCA, usa apenas uma locomotiva e 6 ou 7 vagões, mas quatro deles transportam cimento e apenas dois para produtos destinados ao porto - disse Del.
Ele ainda destacou que foi discutida a redução das tarifas e a necessidade de investimentos no ramal de Barra Mansa até Angra. Mas a FCA prometeu apenas estudar uma mudança na cobrança de tonelagem por vagão prancha, que é cobrado como carga total, mesmo que o peso não chegue perto da capacidade total do vagão que é de 52 toneladas. Um cálculo aproximado mostrou que uma tonelada de cimento transportada custa R$ 64,00 - Não é necessário apenas investir em máquinas e vagões. O principal é a manutenção da linha férrea trocando dormentes e trilhos danificados - frisou.


DERRUBADA DE MURO GERA POLÊMICA


O diretor do Sindicato dos Arrumadores, Lúcio Azevedo, que também participou junto com Gérson da reunião e estiveram hoje no programa Comunidade em Ação, na TV-COM, a derrubada do muro da área de DPZ - Plano Desenvolvido e Zoneamento, foi sem aprovação do CAP. De acordo com Lúcio, foram 20 metros de muros derrubados em frente a Praça do Projac e ao Fórum para que sejam colocadas grades. - Apenas foi feito um pedido a Docas, que estava aguardando o projeto que não aconteceu. O mais estranho foi que o presidente do Sindicato dos Estivadores, Aurélio Moura, votou a favor da derrubado do muro - comentou Lúcio.
Mas o presidente dos Arrumadores concordou com Lúcio, e ainda lembrou que Aurélio é representante do CAP, mas votou numa reunião que não teve quórum. Hoje Aurélio tem o cargo de Coordenador na Prefeitura de Angra, que tem interesse nas áreas de PDZ para construção da Marina de São Bento, inviabilizando com isso uma expansão no armazenamento de cargas no porto. - Docas está sendo autoritária em decidir sobre essas áreas de PDZ sem consultar o CAP, parece que a prefeitura é quem decide sobre essa questão e não Docas e o CAP", enfatizou Del, que ainda argumentou que Francisco Almeida (Docas-Angra) não se mostrou muito interessado em resolver o problema.
A falta de vontade do Francisco ficou destacada quando a Planeta, antiga arrendatária do porto, começou a desmontar os guindastes sucateados que ameaçam cair. - Rapidamente o Francisco entrou no porto e mandou parar a obra, que segundo ele, deveria ser autorizada por Docas. Mas com o muro ele não tomou essa providência visando preservar nossa área de estocagem", desabafou Gérson Fagundes o Del.

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