Na Câmara de Vereadores de Angra dos Reis, em Audiência Pública realizada na tarde de hoje, foi discutido o impacto causado pelo Pré-Sal nas cidades produtoras e a questão sobre a distribuição dos royalties do petróleo, que está sendo muito debatida em todo país, com os estados e municípios não produtores querendo receber o dinheiro dos royalties.
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Riverton Mussi, prefeito de Macaé, faz palestra na tribuna da Câmara de Vereadores |
Sobre este assunto o deputado federal, Fernando Jordão, que é o relator dos royalties, fêz sua fala ressaltando a importância de encontrar uma fórmula para o Estado do Rio não perca o dinheiro que vem da produção do petróleo. - Se isso acontecer vai quebrar muitos municípios e o Estado do Rio - afirmou Fernando. Que está procurando uma forma de contemplar outros municípios mas garantindo os royalties que o Rio de Janeiro já vem recendo, inclusive Angra dos Reis.
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RIVERTON MUSSI, PREFEITO DE MACAÉ, DISCURSA NA TRIBUNA |
Por outra lado, os prefeitos convidados para a Audiência, o Riverton Mussi Ramos (foto acima), de Macaé, e o prefeito de São Sebastião (SP), Ernani Primazze, destacaram as melhorias em sua cidades com o dinheiro dos royalties, mas enfatizaram a necessidade de encontrar alternativas para absorverem o impacto social e econômico pela demanda de imigrantes trazidos pelas empresas que se estabelecem nas cidades produtoras e naquelas que vão atender ou servir de apoio para exploração do petróleo, principalmente o questão do Pré-Sal.
O prefeito de Macaé, por exemplo, relatou que sua cidade tem 16 favelas. - Nós procuramos nos últimos anos desatrelar nossa arrecadação dos royalties. Hoje, dependemos apenas de 36% do nosso orçamento oriundos do petróleo, pois encontramos outras alternativas com nota fiscal eletrônica entre outras, para aumentarmos nossa receita, que já ultrapassa a 1 bilhão e 400 mil - frisou Mussi.
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O PLENÁRIO ESTEVE LOTADO DURANTE A AUDIÊNCIA DO PRÉ-SAL |
Ernani Primazze, prefeito de São Sebastião, litoral de São Paulo, enfatizou a necessidade de criar mecanismos que aumente ainda mais a quantidade imigrantes (trabalhadores de outras cidades), que trabalham diretamente na produção do petróleo ou em outras empresas que se instalam como prestadoras de serviço. - O petróleo não é uma fonte de energia renovável. Num futuro quando a Petrobras for embora, essas empresas também seguem junto. A vida em nossa cidade tem que continuar, sem os royalties e com um crescimento e progresso conquistado, mas que terá quer ser mantido - disse.
VEJA O VÍDEO COM AS FALAS DE RIVERTON, ERANI (PREFEITO DE SÃO SEBASTIÃO) E DO DEPUTADO FEDERAL FERNANDO JORDÃO
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